Como se chama quem pratica yoga?

 


Interessante saber que uma das perguntas sobre yoga mais registradas nos mecanismos de busca da internet é essa: Como se chama quem pratica yoga? Buscando nas raízes do yoga encontramos yogi ou yogin, ou a forma feminina, yogini. Há ainda a grafia sem influência inglesa “iogue”. A palavra "yoga" é oriunda da raiz sânscrita yuj ("unir") e normalmente é traduzida como "união" ou "integração" e pode ser entendida como a união com o Divino, ou integração do corpo, mente e alma. Há quem diga que as designações yogi e yogini são mais usadas para praticantes avançados, ou ainda, apenas para aqueles que atingiram moksha (libertação). Eu, particularmente, acredito que se você está praticando regularmente já pode ser um yogi/yogini, independente de posturas avançadas ou de anos de prática, desde que tenha consciência de que você pratica um conjunto de disciplinas físicas e mentais com a intenção de atingir a liberação. Sim, não se pratica yoga apenas para dormir melhor, curar dor nas costas ou aprender a respirar com consciência. Acredite, a origem vai muito além disso.

A tradição védica revela que moksha é uma espécie de iluminação espiritual que todo praticante de yoga deseja alcançar, pois significa libertar-se não só de sentimentos indesejáveis como também de condicionamentos físicos ou pensamentos e padrões, ou seja, uma verdadeira mudança de visão sobre si mesmo, um estado superior de consciência. E apesar de cada linhagem ter um conceito sobre o que é ou não é yoga, o que pode e não pode no yoga, não há um consenso nem uma regulamentação dessa prática. A maioria das linhagens aceita que yoga não é ginástica ou uma modalidade de educação física, pois trata de técnicas corporais, bioenergéticas, emocionais, mentais e até espirituais para alguns.

Portanto, para saber se você é um yogi ou yogini, observe a sua prática: Você consegue esvaziar a mente? Concentrar na respiração durante as posturas? Meditar? Podemos exigir menos: ser yogi ou yogini é ser equânime, capaz de permanecer estável em uma situação boa ou ruim, ter leveza de espírito e aceitar o que tudo acontece como deveria ser. Bom, não em todas as situações, claro. Essa teoria não se aplica para aceitar injustiças, agressões e preconceitos, mas sim, para transformar a forma como vemos o que acontece a nossa volta e reagir com clareza.

Eu chamo carinhosamente meus alunos de yogis e yoginis, assim mesmo, no plural da língua portuguesa e com o “y” da influência inglesa. Afinal, não há regulamentação para isso. Entre meus alunos, nenhum atingiu moksha ainda, mas deixo claro que o caminho é o yoga. Quer começar? Vejamos quatro dicas para “se tornar” um yogi ou yogini:

1 - Praticar regularmente
Dentro do possível, encontre algum momento do seu dia para adotar um sadhana, a prática diária do yoga. Seja uma prática respiratória ou uma pequena sequência de posturas.

2 - Meditar
A prática faz com que a mente se acostume à meditação, por mais difícil que seja no começo. Encontre um método de meditar que mais se adeque ao o que você precisa, sem cobranças. Lembre que a meditação é capaz de trazer um estado de consciência, além de desenvolver a intuição, a criatividade e o contentamento. 

3 - Refletir
Aproveite esse estado de consciência para refletir sobre quem você é, o que realmente importa, o que você quer melhorar em você mesmo. Essa observação revela hábitos e padrões que você vai querer eliminar, porque não servem mais para sua jornada.

4 - Desenvolver positividade não-tóxica
Apesar da onda de alertas para positividade tóxica, nem tudo é tóxico se for feito com consciência sobre o que realmente funciona para você. Deixando de lado o marketing do bem-estar, observe se você quer ser menos ansioso, reduzir seus episódios de raiva, de medo ou de inveja. Não é porque alguém lhe diz que “está tudo bem e é sobre isso” que você precisa aceitar continuar sendo do jeito que não lhe agrada. Lembre-se que palavras são feitas para elevar a consciência e trazer paz de espírito. Escolha seus “mantras”, reduza os pensamentos negativos e os julgamentos (sim, julgamos o tempo todo, mas podemos reduzir um pouco esse comportamento se fizer bem), e sinta-se em comunhão com o divino dentro de você, seja numa prática em meio a natureza ou no centro da cidade, a conexão é interior.

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